SOBRE ELEGÂNCIA
 u vivo de belezas, sim, me alimento delas, com elas sou completo e pleno. A beleza no entanto não significa apenas a fisionomia de um corpo humano ou então suas simpatias, eu gosto de tudo que tem vida e significado, o alinhamento de várias virtudes libertárias e dominadoras são para mim também beleza, em diferentes momentos a mesma beleza pode ser e deixar de ser, então, para mim, a figura é uma circunstância.
Eu tenho imenso desagrado com coisas bonitas em lugares(ou tempos) inadequados, isso é um exigir muito severo e ruim para um espírito livre, porém essas são as minhas bases nutrientes, e digo mais, estou confortável em admitir isso.
Para ser um indivíduo livre é preciso ter um caso de guerra ou dominância sobre alguma coisa, a mera abnegação dos direitos de querer é um dever dados ao gado da indiferença, no meu coração essas coisas não são assim, para ser livre é preciso se prestar às vontades, e elas estão inerentes ao círculo canino do desejo, da prospecção audaciosa(ou oportunista) e todos os demais que assustariam os monges budistas na sua profunda filosofia do aceitar sem se permitir.
O belo é inegavelmente caro para mim, e está nos atos, nas formas, nos deveres, nos valores e na cumplicidade entre os homens, há beleza em tudo, e seu contrário é tristeza, a feiura nada mais é que um período de observação.
O que põe meu coração efusivo é belo.
Eu quero acreditar que em todas as coisas do universo são constituintes desses ingredientes, mas me perdoem os holísticos e suas fantasias sobre plenitudes, mas isso não se dá, talvez pela minha obtusa visão, mas o fato de tudo ser uma coisa só não a torna bonita, porque se eu olhar no relógio, seis horas é diferente de dezoito horas, ainda que eu veja o mesmo ponteiro e o mesmo numeral.
A beleza é tema principal de minha vida, e eu tardiamente fui me dar conta disso.
E nesse tanto olho para meu passado procurando saber onde a encontro.
Ainda falarei mais sobre esse assunto.
9:09 PM
|
1 Comments:
Aguardar-te-ei.
Postar um comentário
<< Home