UMA JAULA PARA UM SUSPIRO
Sem pensar duas vêzes joguei o meu tesouro dentro do mar, devolvi ao fundo de tudo o meu último ouro, não há caminhos senão o poço escuro e sem parede da negritude profunda, lá embaixo, onde estão todos os meus orgulhos, fazendo um labirinto infinito entre si mesmos, sem chance de encontrar a saída.
E se corro para todo os lados venho às praias sentir o tostar do sol, e a verdade me expulsa de novo, retorno então mais molhado de lágrimas para meu barco de sal, e o abismo onde guarda-se minha riqueza cobre-se de um manto escuro e vergonhoso, só pra mim, meu céu sem estrelas.
Quando então retorno, sem forças e sentado num dos baús das muitas lembranças, tento varar com o coração o teto nada criativo da desilusão, e chego bem perto de furá-lo com muitas idéias malditas, cada palavra uma suma irritação, e vejo a sangria da pele, do peito e das lavras que faço, arando meu inimigo com tudo de mim em destruição.
Ah! Ensina-me âncora a ficar nesse fundo, nesse chão.
3:20 AM
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